Chegada a Iquiqui no Pacífico- 3.300 Km rodados- Domingo 25 de maio

Monumento em homenagem aos antepassados que habitaram as cordilheiras

Saindo de San Pedro de Atacama

Estradas e mais estradas

Rodovia Pan Americana (ela vai até o Alaska)

Curvas e mais curvas nos abismos

Chegada A Iquiqui, balneário Chileno no Pacífico

Até que enfim uma prainha

Constraste- Montanha de um lado e mar de outro

Vista do Hotel-cordilheira aos fundos

Pô Leo e Alex, chega de moto por hoje

Mar e montanha

Pelicanos no porto

Caminhada na praia pra relaxar

Praia em Iquique-Balneário Chileno

CADE MINHA RAQUETE GALERA- Quase me mataram-saudades da quadra

Leozão e Alex relaxando na praia

Café da manhã estribado depois das agruras do deserto




E ai pessoal,

Depois de 2 dias em San Pedro de Atacama (onde presenciamos um leve terremoto, 2,3 na escala richter (estávamos no quarto do hotel e achamos que era um caminhao batendo em alguma coisa, o chao e as janelas tremeram, os lustres e criado mudo tambem, mas os atacamenhos nos disseram que isso é normal por aqui, por causa da placa de Nazca no pacífico que se choca sempre com a placa de San Agostin, que fica na Cordilheira) , saímos por uma estrada muito bonita, mas perigosa , com muitas curvas fechadas e abismos de 300 metros sem guard rail, em direcao ao pacífico, mais precisamente Iquiqui, balneário Chileno que faz divisa com a cordilheira. Tipo Cabo Frio, fora de temporada,mar gelado, com tudo vazio, somente os habitantes naturais, ficamos em um hotel de frente pro mar (os precos estávam ótimos por causa da baixa temporada). Foi muito bom estar ao nível do mar. Demos boas caminhadas na praia, recuperamos fisicamente da pedreira passada, e agora pegaremos novamente a Rodovia Pan Americana em direcao ao Peru, já nos aproximando de nosso objetivo principal. Achávamos que só seria rodovia a beira mar, mas descobrimos que vem mais cordilheira pesada pela frente em altitudes de 4300 metros, na Cordilheira dos Andes Peruana.

Chegada a San Pedro de Atacama (Sábado, 15 horas, 24 de maio)

Pra quem acha que viajar de moto é loucura, vá escalar um vulcão.É baratinho.Tem até tabela de preços


San Pedro de Atacama





San Pedro de Atacama-Mistura de Búzios com São Tomé das letras
Guarda Camineira-Polícia local

Praça Central

Legítimo garoto Atacamenho

Igreja local

Único posto da cidade

Vale da la Luna

Vale da muerte

Leozão protegido contra o sol do deserto

AAHHHEE Pdzão, Dani, Quintela, Flavão, Luciomar, Leandro....Iguana Marcelo fincando a Bandeira do Moto Clube Iguanas de Aço na Cordilheira dos Andes- Galera do bem

Cactus pra tudo quanto é canto

Vulcão Licamcabur

Vale dourado

Vale de marte- o lugar mais parecido com o planeta marte na terra-Aqui a NASA faz teste com os carrinhos robôs que envia a marte.

Igreja fora do povoado

Vulcão Licamcabur

Rebanho de vicunhas-patrimônio nacional no Chile. Se encostar em uma, cadeia brava.

Vale de marte

Vale da La Luna

Vale de la luna

Vale de marte

E ai pessoal,

Depois do sofrimento e do visual fantástico na altitude , baixamos a 2800 metros e chegamos a San Pedro de Atacama, comuna Chilena, no meio da Cordilheira dos Andes, divisa com a Argentina, patrimonio mundial. De dia calor de 40 graus, a noite, 0 graus, e nos arredores, -15 graus. Poeira pra tudo quanto é lado . Tem gente do mundo inteiro, hippies, descolados, esportistas radicais (alpinismo em vulcão, trekking, rafting) O que mais tem aqui é programa de índio- Tem um que uma Van te pega no hotel as 4 horas da manhã, custa 30 dólares, te leva aos geiseres do vulcão el tatio, onde voce nada em piscinas térmicas com temperatura da água ,com cheiro de enxofre, de 34 graus. Fica a 4.200 metros de altitude, -15 graus. Os gringos adoram. Tem um caso de um francês, que recentemente adentrou-se para uma área proibida dos geiseres, escorregou e caiu numa piscina térmica com temperatura de 85 graus, teve queimaduras de 3 grau e morreu em 20 minutos. Tudo muito caro, comida, hotel, souvenirs, as casas são em adobe(barro e areia), mas é um lugar muito especial pela beleza .aos arredores. Amanhã, seguiremos para o Pacífico pela ruta Panamericana, agora a caminho de nosso destino, Macchu Picchu, Vale Sagrado dos Incas.

A seguir , o Leo Gontijo faz um depoimento sobre a viagem.

"Por mais estranho que possa parecer, viajar de moto é uma aventura solitária , mesmo o fazendo com um grupo de amigos como é o nosso caso. Se soubéssemos a linguagem dos surdo- mudos, iria ser engraçado ver como o Alexandre faria para acelerar e gesticular na velocidade com que costuma conversar. Entao é polegar pra cima, sinal para adiantarmos ou apontando para alguma coisa que vc esta vendo e não sabe se os outros estão e é só! .Portanto na maior parte do tempo pensamos, mas não falamos. Pensando, pensando e repensando. Claro , não há outra coisa a fazer. Sobra pensar ,e pensar. É irritante no principio, porque na verdade não estamos acostumados a pensar tanto .No nosso dia a dia as decisões são rápidas , e não se pensa muito, mas aqui sim. Da mesma forma que a gente se acostuma com os vários incômodos naturais de uma moto: o barulho do vento, (sempre muito alto que inviabilisa a musica mesmo com fones de ouvido), a posição de pilotar que é a mesma o dia inteiro, frio , calor etc , se acostuma também a pensar. E aí fica tolerável e depois fica bom. É igual a estudar ou atividade física, depois que se acostuma , acaba o sofrimento e acaba ficando legal.
As retas são intermináveis , a região desabitada e os pensamentos vão se sucedendo ocupando a tela mental, e então vc se enfrenta o dia inteiro.... e aí vem algumas idéias boas, planos são feitos para o futuro, auto avaliações , musicas vão se alternando, e até composições musicais improvisadas que vão se perder no esquecimento, uma pena. E vem também o reconhecimento do grande valor que tem as pessoas das quais gostamos e lembramos muito nestas longas filosóficas horas".
É a viagem dentro da viagem.

Beijos e abraços do Leo Gontijo